quinta-feira, 30 de maio de 2013

Casa di mama


A net não chega a casa toda! Stop! Posts escritos exclusivamente pelo telemóvel. Stop! Tá um calor que não se aguenta. Stop! A água do duche da minha casa-de-banho continua a chegar fria. Stop! Ao fim de 2 anos vou ter de mandar arranjar porque vou receber visitas. Stop! Não me apetecia nada. Stop! Nesta terra só dá mesmo para tomar banho de água fria. Stop!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Diet Report

9 dias menos 3,3kg!
Levei tanto, mas tanto, mas tanto nos cornos por causa do sushi! Senhores!!!
Nem os parabéns me deu. Pedi mais do que o esperado (na primeira semana espera-se uma perda entre 2 a 3 kg), tudo o que perdi foi massa gorda, aumentei os níveis de água, e mesmo assim levei nos cornos. Que o sushi é uma bomba, que tenho de deixar o sushi de lado durante estas primeiras semanas e que o que eu tive foi sorte, sorte de ter perdido tanta banha mesmo enfardando sushi.
Posto isto, estou muito feliz! E super motivada para mais 9 dias de rações. :))

Procrastinar

São 15h15.
Tenho um voo para apanhar às 23h.
Tenho de estar no aeroporto às 21h
Tenho encontro marcado com o sr. nutricionista às 17h30.
A mala? A mala continua arrumada debaixo da cama.
Telefone:
Ele- bla bla bla... já fizeste a mala?
Eu - não... 
Ele - não?! 
Eu - não... desta vez vou fazer como o teu pai, levo um saco de plástico só com bikinis e ando uma semana com a mesma roupa... 
Ele - Não podes! Tens de me levar as calças de ganga para a minha mãe fazer a bainha e mais uns papeis para o meu pai! 
Eu bem que podia andar uma semana com a mesma roupa. Pensando bem, até podia andar uma semana de bikini, mas vou eu ter de fazer uma mala para levar as coisas do menino.
Adoro o sentido de oportunidade deste moço.

Comentários que caem mal

No meu facebook pessoal coloquei algumas fotos dos sítios por onde fui passando nestas ferias. Um desses lugares foi Atenas.
A primeira vez que fui a Atenas, há dois anos, odiei a cidade. É feia, muito quente, muito suja, cheia de discrepância social, com muita pobreza visível, e acima de tudo, extremamente poluída.
Claro que fui pela beleza e importância histórica e não pela cidade em si, mas, apesar da Acrópole,  da Praça Sintagma, e do poço de cultura que é Atenas, esta é para mim uma das cidades mais feias do mundo. Pelo menos, é a mais feia que eu conheço.
Como estava a dizer, coloquei algumas fotos no meu facebook pessoal, e, no álbum de Atenas coloquei a seguinte frase "Atenas - Ou, por mais que lá vá continua a ser a cidade mais feia de sempre".
Depressa vem uma alma puritana que comenta "E porque vão? Com tanta coisa linda para ver..."Ora... O que é que uma pessoa responde a isto? Explica-lhe que apesar de ser uma cidade horrível é um museu a céu aberto? Explica-lhe que apesar de poluída é um poço sem fundo de cultura? Explica-lhe que mesmo com a grande discrepância social é uma das melhores cidades para se fazer compras? Explica-lhe que quando se vai em cruzeiro não se escolhe exactamente todas as cidades em que vamos parar, principalmente quando o cruzeiro é pelas ilhas gregas (lindas de morrer e nada a ver com Atenas)? Explica-lhe que quando vamos em viagem com mais pessoas é possível que as restantes pessoas queiram ir a sítios que nos não achemos tanta graça?
Fiquei-me pelo básico "Porque os cruzeiros passam por lá. E porque desta vez íamos com a minha tia que nunca lá tinha estado".



terça-feira, 28 de maio de 2013

Diet Report

Tenho seguido a dieta à risca. Acho que já perdi 2 a 3 kg. 
Domingo pequei, comi 2 pernas de frango no churrasco e mais um peitinho. Ontem pequei em grande, fui jantar ao sushi. Estive uma semana sem comer sushi, estava a ressacar!! 
Amanha tenho encontro marcado com o sr. nutricionista e espero bem que a balança dele não acuse salmão e arroz.

E quando os nossos sonhos nos põem em risco e afligem os que estão à nossa volta?

Tive uma ótima proposta de emprego, trabalhar durante três meses num dos países mais bonitos do mundo, na minha área, a fazer o que mais gosto. O ordenado era ótimo e tinha direito a casa e a transporte. No fundo era o realizar de um sonho!
Não aceitei... e não aceitei porque percebi que este meu sonho deixaria o senhor meu moço e a minha família aflitos e angustiados durante o tempo que lá estivesse. O país para onde ia na verdade já não é reconhecido como país, é um narco-estado onde impera um regime militar e onde volta e meia há um golpe de estado. 
Quando me candidatei à vaga estava perfeitamente ciente de todas as condicionantes do país e já tinha arranjado solução para tudo. Só precisava de viver numa casa relativamente perto da embaixada de Portugal, e descobrir qual o caminho mais rápido para chegar até lá. Se houvesse um golpe de estado era agarrar em mim e no meu telemóvel, correr para a embaixada e telefonar para o tio Portas para me ir buscar, a mim e aos restantes portugueses. Não levaria muita coisa, e sobretudo, não levaria nada de valor. Tomava as vacinas todas possíveis e imaginárias, ia carregada de medicamentos sos e se adoecesse voltaria para Portugal. Não andaria sozinha pelas ruas, e mesmo em casa e no escritório faria de tudo para estar acompanhada. Não beberia água da torneira, e não comeria legumes frescos não cozinhados, e pronto, para mim estavam os problemas todos resolvidos. Mas não estavam... 
Ontem, quando disse ao senhor meu moço que tinham-me chamado e que devia partir no inicio de Junho, o senhor meu moço pintou o drama, o horror, a tragédia... disse que não ficava descansado, que iam ser três meses de sobressalto, que aquilo não é um país, é um narco-estado, que eu podia apanhar alguma doença manhosa e morrer na hora, que não há voos diários, que muitas vezes nem voos semanais há, blá blá blá... Enfim... no meio do drama percebi que a preocupação dele era mesmo sincera, que ficaria mesmo em sobressalto enquanto eu lá estivesse e sinceramente, nem ele nem a minha família merecem dores de cabeça por minha causa. 
Desisti do cargo. Ontem a noite enviei um email às responsáveis a pedir desculpa e a explicar a situação. Espero muito sinceramente que tenham percebido e que não tenham ficado com uma má impressão minha. 
Enquanto escrevia o email pensava "Será que estou a tomar a melhor decisão? Deus queira que eu nunca me arrependa disto". Hoje quando acordei já ele estava no trabalho e eu tinha no meu e-mail um mail dele com isto:
O Amor, Meu Amor 
Nosso amor é impuro 
como impura é a luz e a água 
e tudo quanto nasce 
e vive além do tempo. 
Minhas pernas são água, 
as tuas são luz 
e dão a volta ao universo 
quando se enlaçam 
até se tornarem deserto e escuro. 
E eu sofro de te abraçar 
depois de te abraçar para não sofrer. 
E toco-te 
para deixares de ter corpo 
e o meu corpo nasce 
quando se extingue no teu. 
E respiro em ti 
para me sufocar 
e espreito em tua claridade 
para me cegar, 
meu Sol vertido em Lua, 
minha noite alvorecida. 
Tu me bebes 
e eu me converto na tua sede. 
Meus lábios mordem, 
meus dentes beijam, 
minha pele te veste 
e ficas ainda mais despida. 
Pudesse eu ser tu 
E em tua saudade ser a minha própria espera. 
Mas eu deito-me em teu leito 
Quando apenas queria dormir em ti. 
E sonho-te 
Quando ansiava ser um sonho teu. 
E levito, voo de semente, 
para em mim mesmo te plantar 
menos que flor: simples perfume, 
lembrança de pétala sem chão onde tombar. 
Teus olhos inundando os meus 
e a minha vida, já sem leito, 
vai galgando margens 
até tudo ser mar. 
Esse mar que só há depois do mar. 
Mia Couto, in "idades cidades divindades"

E por hoje, acho que ainda não me arrependi! :D

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alergias

Quem me conhece sabe que sou super hiper mega alérgica a pólens e gramíneas. Primavera para mim é sinonimo de tormento, inferno. Passo o ano inteira agarrada aos lenços e aos anti histamínicos mas na primavera dobro a medicação e nem assim consigo parar de fungar.
O meu namorado gozava comigo, vinha para o meu pé com cara de gozo para me prender os espirros, fartava-se de fungar comigo, mesmo sem ter nada para puxar para dentro e quando eu dizia que não conseguia correr nem andar depressa porque tinha o nariz tapado ele dizia que era preguiça de lontra.
Hoje telefona-me...
Ele - Vou para casa mais cedo! Estou cheio de alergia! Já tomei dois kestines e isto não passa!
Eu - Bebe café!
Ele - Já bebi! Mas tou sempre a expirar, não consigo respirar pelo nariz e estou todo mocado!
Eu - hum... ok... então e não vais ao ginásio?
Ele - Tas maluca? Não consigo respirar!!!
Eu - ha... ok. Então quando chegares vamos andar a pé!
Ele - CARAÇAS PÁ! JÁ TE DISSE QUE NÃO CONSIGO RESPIRAR!!!
Eu - Cá pa mim isso é preguiça de lontra!!!
Deus é grande! E o Karma é uma bitch!!! :))))

sexta-feira, 24 de maio de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Eu e os gatos

A minha relação com os gatos sempre foi de distância. Nunca gostei muito de gatos, tinha medo, achava que arranhavam e mordiam por tudo e por nada, que morriam facilmente debaixo de carros e que faziam muito barulho quando estavam com o cio.
Para mim um gato era um animal selvagem, um animal de rua, do mato, e não um animal doméstico.
Apesar de nunca ter tido gatos sempre vivi com eles. Ao lado da casa dos meus pais há uma fazenda e uma serie de terrenos e quintais com gatos comunitários. Gatos que não são de ninguém mas que são de todos. Gatos selvagens que se passeiam livremente e nos olham à distância, gatos a quem deixamos comida e água fresca e esperamos que no cio não façam muito barulho e não se reproduzam em demasia.
Lembro-me de ser pequena e da minha avó ter uma gata, era preta e chamava-se Princesa. Lembro-me dela sair dias a fio e chegar a casa prenha e do stress que era para arranjar quem quisesse ficar com os gatinhos. Lembro-me que nunca consegui fazer-lhe uma festa e que a gata andava maioritariamente em cima dos telhados e dos muros altos. Lembro-me que tinha uma função, caçar lagartixas e ratos, e, se por acaso os meus avós encontrassem algum destes bichos em casa, a Princesa era privada das sopas de leite e das espinhas de peixe até encontrar o bicho e deixa-lo defunto no meio do quintal. Nesse dia, a Princesa tinha direito a um repasto digno de rainha, cabeças e peles de peixe em vez das espinhas. A Princesa viveu com os meus avós durante muitos anos, um dia, já velha e meia tísica desapareceu e foi morrer longe para um terreno vizinho debaixo de uma videira.
Quando comecei a namorar o meu namorado viviam numa casa com muito terreno e muitos gatos. Gatos que iam-se reproduzindo e a quem a minha sogra alimentava com restos de comida e sopas de leite. Gatos que saiam dias a fio chegando a casa todos arranhados, mordidos e a quem o meu namorado cuidava com festas e paninhos de água fria. Os gatos na casa do meu namorado tinham nomes reveladores das suas personalidades, era a Maldita, porque chegava sempre prenha a casa, era o Lêndea, porque era o mais pequeno da sua ninhada, era a Branca, porque era toda branca, etc, etc.
Comecei a me interessar por gatos por causa do Lêndea. O Lêndea era um gato cão, era um gato que andava sempre com o cão, que tinha porte de cão, que saltitava como os cães, que miava um miar que mais parecia querer ladrar, que se sentava à porta qual cão de guarda e não deixava ninguém entrar. O Lêndea, era um cão que tinha nascido num corpo de gato.
Quando começamos a morar juntos o meu namorado sempre manifestou o seu desejo de ter um gato "um gatinho pequenino aqui no apartamento é que era", mas eu reticente acabava por lhe dar a volta "ah e tal, os dois cães podem fazer matilha e matar o gato", "ah e tal, com tanta alergia posso ser alérgica ao gato" e a coisa ia passando. Até um dia.
Até um dia algures em Junho de 2011 após uma noite de santos populares em que deixamos o carro ao pé da casa da M. e ela nos convidou para ir ver o seu mais recente bebe, o S. um gatinho lindo de morrer, pequenino, super peludo e fofinho.
Claro que a partir daquele dia o rapaz nunca mais se calou com o gato, e que o gato era lindo, e que era uma companhia para nos (os nossos cães tem custodia partilhada com a avó materna, o que implica que passem o seu tempo divididos entre o continente e a ilha), e que não dava trabalho, e que blá blá blá, e dois meses depois lá tínhamos em casa uma irmã do S.
Lembro-me perfeitamente como se fosse hoje o dia em que a fomos buscar. Os meus primos estavam a passar ferias na minha casa, era sábado, tínhamos ido almoçar a Palmela e na volta disse-lhes que tinha de passar na casa de uma amiga para lhe dar boleia para o Saldanha. A M. na altura vivia num bairro típico lisboeta, e enquanto estávamos à sua espera levamos com um vizinho cromo daqueles raros. Veio cumprimentar os meus primos e o meu namorado, vinha de pijama e pantufas e passou o tempo todo a dizer "A minha sobrinha vem amanha da disney! Ela está na disney! O senhor sabia que a minha sobrinha está na disney! É! Na disney!".
Seguimos para o Saldanha e disse aos meus primos para esperarem por mim no centro comercial que eu ia num instante à casa da mãe da M. dar um beijinho. Mentira pegada! A mãe da M. nem mora no Saldanha e eu ia era buscar a gata, que na atura ainda era gato e chamar-se-ia Mr. Dinksy (nome posto pelo dono a propósito de um qualquer gato de uma série que ele gosta).
Chegamos à casa, eu e a M. o dono, senhor meu namorado, ficara no carro que estava mal parado. Eu nunca tinha tido gatos, nunca tinha pegado num gato, tinha medo deles, e achei que o melhor que se conseguia arranjar para o trazer era um saco de papel da Primark.
Quando entramos, a dona da casa avisou-me que já só haviam uma gata fêmea e que era pegar ou largar porque ela já tinha outro casal interessado caso eu não quisesse. Pegamos, pois está claro. Ela era linda, e eu já estava perfeitamente convencida que nesse dia íamos chegar a casa com um gato, ou gata. Abri o saco para a senhora a pôr lá dentro, a senhora olhou para mim com os olhos atravessados e disse "É melhor leva-la ao colo!". Ai! Big problem! Eu tinha medo de gatos, nunca tinha pegado em nenhum, tinha medo que ao atravessar a estrada o gato se assustasse e fugisse. Então pedi à M., a madrinha, para a levar até ao carro onde o dono havia de tomar conta dela.
Fomos buscar os meus primos, deixamos a M. em casa, e rumamos a nossa casa com aquele pequeno ser de 900gr. No caminho decidimos o nome. Chamar-se-ia Bianca Castafiore, o nome da cantora de opera das aventuras do Timtim.
As aventuras do Timtim sempre foram os meus desenhos animados preferidos, queria ser como ele, ser jornalistas e correr o mundo à procura de noticias com um cão atrás.
Na altura tinha um cão chamado Timtim, um caniche que viveu connosco quase até aos 17 anos e de quem ainda hoje me lembro todos os dias. Parecia-me bem, continuar na linha dos nomes e chama-la Bianca Castafiore. O namorado aceitou, com um condição, chama-la sempre de Bianca e fingir que o Castafiore não existia.
Ao chegar a casa subi ao andar com a gata e eles continuaram rumo ao supermercado para comprar ração, caixa, areia e todos os apetrechos necessários para a nova inquilina.
Ela vinha assustada e assim que a pus no chão correu a esconder-se entre dossiers debaixo de uma estante. Quando os meus primos e o dono chegaram, lá conseguiram convencer a bicha a sair do seu esconderijo. A primeira coisa que fez foi saltar do sofá para as cortinas da sala e rasga-las. A partir daquele dia percebi que a minha vida nunca mais seria a mesma.
A Bi foi crescendo e com o tempo fomos-nos adaptando uma à outra. Não foi fácil, ela era pequena e com uma vontade inesgotável de brincar, eu tinha medo e andava muito cansada. Ela subia às nossas pernas e mordia-nos os pés debaixo da mesa, aninhava-se connosco na cama e mamava na nossa roupa como se estivesse a mamar na sua mãe. Era pequena, frágil, muito mimada e pelos vistos havia sido desmamada muito cedo, ou então era a mais pequena nos irmãos e nunca deve ter tido muito contacto com a mãe. Viu nos donos a sua mãe biológica e adotou-nos como seus pais.
A Bi nunca foi uma gata fugidia, arrisca e má, sempre foi mimosa, carinhosa, louca por festas e por se aninhar em nós. Era a nossa sombra desde que chegávamos a casa até voltarmos a sair. Nos íamos para a cozinha e ela subia ao balcão para nos ver melhor. Íamos tomar banho e ela metia-se na banheira connosco pelo que, água e banhos sempre foi um regalo para ela. Íamos para o sofá e ela passeava por entre os nossos colos, íamos para o quarto e era vê-la aninhada entre os dois para adormecer.
Em Dezembro desse mesmo ano, fomos passar o natal e a passagem de ano à ilha e consequentemente, a Bi foi connosco. Era o seu primeiro contacto com os cães que estava na casa da minha mãe. Falamos com os veterinários (sim, os meus animais tem três veterinários, um na ilha dois no continente)  sobre como devíamos preparar o encontro, e seguimos à risca tudo o que nos foi dito.
Chegamos a casa e deixamos a caixa da gata no chão como se fosse uma mala normal, sem grandes festas nem alaridos, trouxemos um cão de cada vez para vir vê-la, primeiro e menos dominante, o Lucky, depois o mais difícil e dominante, o Timtim. Cheiraram, cada um à vez, pegamos na caixa e levamos a gata para o quarto, soltamo-la e deixamo-la estar sozinha até ao dia seguinte. No dia seguinte, já com a gata solta, voltamos a fazer o processo inicial, entrar no quarto primeiro com o cão mais submisso, depois tiramo-lo e deixamos entrar o outro, e por fim, os dois ao mesmo tempo.
A Bi com o Lucky foi amor à primeira vista, ele tem medo de gatos, ela era uma pulguinha eléctrica e depressa ela passou a domina-lo, a ser a sua menina. Com o Timtim foi mais difícil, o Tim estava no fim dos seus dias, estava velho, cansado, cego e só queria sopas e descanso. A Bi era uma pulga eléctrica e depressa percebeu que o Tim era cego e que era giro dar-lhe patadas no lombo ou no rabo porque ele passava-se e jogava dentadas para o ar sem nunca conseguir lhe acertar.
Em Janeiro voltamos para o continente com a Bi e em Abril, após a morte do Tim o Lucky veio definitivamente viver connosco. Desde então a Bi ganhou um companheiro e a nossa sombra transferiu-se para a sombra do Lucky. Onde está um está o outro, é vê-la esperar sentada à porta de casa que ele venha da rua e recebe-lo com um abraço ou com uma dentadinha de amor. É vê-la sentar-se à frente dele e dar-lhe patadinhas no focinho para irem os dois brincar, é vê-la esfregar-se nele e aninhar-se para dormirem juntos. Enfim, um amor que só visto.
 Baby Bi 

 Bi e Lucky 

  Bi e Lucky 

Bi no primeiro dia cá em casa vs Bi ontem à noite 



Diet Report

As panquecas de chocolate da Lev são ótimas! Stop. Ainda não tive fome. Stop. Hoje acordei cheia de vontade de comer camarão. Stop. Acho que já perdi 2kg. Stop. Acho que os deixei na sanita. Stop.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Dieta

Voltei de ferias cheia de vontade de voltar ao meu corpo de antigamente.
Até vir para a faculdade o meu peso andava na casa dos 58/60kg, quando passei a viver sozinha, o meu peso subiu para os 60/65kg, comecei a trabalhar e com os stresses e preocupações do trabalho comecei e refugiar-me na comida o que fez com que o meu peso subisse para os 70/75kg.
Há 2 anos fiz uma dieta em que perdi 13kg, mas depressa os recuperei, porque não segui com as consultas de manutenção e tive um período conturbado no trabalho que me fazia encher a boca de comida para não refilar com os chefes (e mesmo assim não chegava e eu acabava sempre por lhes mandar as minhas postas de pescada).
Cheguei de ferias no passado domingo e segunda lá estava eu na Clínica Lev perto de minha casa. Fui numa de perceber quanto dinheiro ia realmente gastar e se tinha ou não posses para isso. Já tinha ouvido falar maravilhas daquela dieta, porque se perde peso rapidamente e porque as comidas são deliciosas. Se juntarmos a isto o facto das refeições já virem preparadas e eu não ter de me agarrar ao frigorífico e aos tachos parece-me ser a dieta ideia para mim.
Na consulta o nutricionista pesou-me, fez cálculos e mais cálculos e perguntou-me quanto peso eu queria perder... Joguei uns 20kg, assim a desafia-lo para que me dissesse algo como "Vamos pensar num valor mais realista" mas a resposta, depois de cálculos e mais cálculos foi "Ok, 3 a 4 meses!".
Assim sendo, se tudo correr bem, fico um mês na primeira fase, um mês na segunda fase e um mês na terceira fase. Se tudo correr mal fico 40 dias em cada fase. Se tudo correr mal, desisto a meio e resigno-me ao facto de ficar para balofa o resto da vida.
Mas, como disse, o que me interessava era os custos, foi para isso que lá fui, para saber se tinha possibilidade de fazer a Dieta Lev.
Então, na primeira fase, que durará até eu perder 10kg, gastarei cerca de 25€ por dia. Portanto, se demorar um mês gasto 750€, se demorar os 40 dias gasto 1000€. Na segunda fase gastarei cerca de 20€ por dia, se demorar um mês gasto 600€ se demorar 40 dias gasto 800€. Na terceira fase gastarei cerca de 15€ por dia, se precisar de um mês gasto 450€, se precisar dos 40 dias gasto 600€. Portanto, na melhor das hipóteses  estou bela e poderosa em agosto e terei gasto 1800€, na pior das hipóteses estarei bela e poderosa em setembro e terei gasto 2400€.
É muito dinheiro, mas se tivermos em conta que gasto cerca de 350€ por mês no supermercado mais uma media de 200€ em petiscos, lanches, bolos, coca-colas, almoços e jantares fora, e que com a Dieta Lev não preciso de nada do supermercado a não ser alface e azeite e que deixo de gastar dinheiro em porcarias na rua o esforço financeiro não será assim tanto.
Assim que chegar aos meus objetivos ponho cá uma foto do antes e do depois, entretanto, vou-vos dando noticias conforme a disposição e as consultas.

Viagens

Se há coisa que agradeço aos meus pais é a estimulação do conhecimento do Mundo que sempre me incutiram, quer através dos livros que tinham lá em casa, quer através das viagens em que me levavam com eles.
Hoje em dia posso dizer que grande parte dos sítios que conheço se deve a eles, pois lá em casa a máxima sempre foi "O nosso dinheiro é para pagar as contas da casa investir na educação e numa alimentação saudável e depois o que resta é amealhado para viajar e conhecer Mundo".
Todos os ano tentamos conhecer um sítio diferente, que tanto pode ser uma cidade nacional ou estrangeira. Depende, lá está, do dinheiro que se conseguiu amealhar e dos preços a que estão as viagens.
Quando vivia na ilha (até aos meus 18 anos) todos os anos saiamos uma vez de avião, muitas vezes para o continente e algumas para as ilhas canárias. As viagens para fora de Portugal e Espanha era quase nulas devido aos custos elevados da viagem de avião para Lisboa, que muitas vezes não nos permitiam comportar mais gastos em viagens de avião.
Com a minha vinda para o continente passei a ter oportunidade de conhecer mais sítios  o custo da viagem de avião para Lisboa já não se ponha, e o carro dava uma grande ajuda para conhecer outras cidades portuguesas.
Posto isto, preparem-se para uma serie de posts (alternados com outros do dia-a-dia) sobre os sítios que já visitei, com truques e dicas de lugares a ver, alojamentos e tudo mais.
Enjoy it! :)


Voltei, Voltei, Voltei de lá!

Ainda agora estava em ferias e agora já estou cá!
Posto isto, posts e mais posts sobre os sítios onde estive e as pessoas que conheci.
Mi aguardji!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aparências

Adoro quando alguém diz que mora na Expo, e depois vai-se a ver e é na Marechal Gomes da Costa, algures bem lá para cima entre os Olivais e Chelas.
Para quê Meu Deus? Para quê querer parecer o que não é?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mornólogos

Sábado, voltamos ao teatro (já disse que adoro teatro?) para ver o Mornólogos. Muito sinceramente, fomos pelo Nuno Morna, por ser conhecido aqui de casa e não pela peça em si.
Conhecia o tipo de comédia do Nuno de outras paragens, já havia visto o "Vou-te bater!" e o "Vou-te bater outra vez!" e sigo com algum interesse a sua página de facebook.
Esperava outra coisa. Outras piadas, piadas novas, diferentes, originais, mas não... Tirando uma ou outra (o texto da rã é fenomenal) eram piadas já conhecidas dos Vou-te Bater ou do Levanta-te e Ri.
Mas pronto, foi só uma horita, passou depressa e quase nem dei por ela.

Deixo um excerto da sua ida ao 5 para a meia noite.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Jantares

Hoje recebemos os nossos amigos, que agora são nossos vizinhos, cá em casa para jantar.
No forno está uma pavlova de morango e na bancada da cozinha a descongelar polvo para um arroz de polvo e camarão para uma entradinha.
Nos entretantos, ando de aspirador na mão a limpar a casa e a pensar 'porque é que eu estou a limpar a casa se daqui a pouco vai estar de pernas para o ar aquando do 'baby dos amigos meets my dog and my cat''.
O que vale é que ele é um gordo lindo e os pais uns porreiros que não se importam nada quando o meu cão decide que as bolachas do baby A também são para ele.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Vamos lá perceber as mulheres. Mas só um bocadinho..."

Vi pela primeira vez a Marta Gautier no 5 para a Meia Noite,até então nunca tinha ouvido falar de semelhante pessoa, e fiquei maravilhada com tamanha energia e sentido de humor. Percebi que já escreveu uns livros e que tinha um espectáculo de stand up comedy em cena no São Jorge e no Teatro Confluência em Cascais.
Tratei de saber os dias de espectáculo e de marcar bilhetes. Só consegui na Confluência, o São Jorge já estava esgotado, e mesmo assim na Confluência não consegui na data que queria porque também já não havia bilhetes.
Tentei convencer uma amiga a ir comigo, mas depois acabei por ir com o senhor meu moço que foi extremamente contrariado por ter de perder parte do jogo do Real Madrid para estarmos lá a horas.
Posso dizer que foi o melhor stand up comedy que vi até hoje. 2 horas inteirinhas a rir a gargalhada. No intervalo já o meu namorado dizia que ia dizer a todos os amigos/colegas para irem também.
A Marta Gautier tem uma energia fenomenal em palco, é super expressiva e sendo psicóloga de formação soube captar o melhor dos problemas dos casais e pôr-nos a rir com eles.
Arrisco a dizer que toda a gente se revê em alguma parte do texto. Eu fartei-me de rir e de pensar "onde é que eu já vi isto" e o senhor meu moço ouviu uns ensinamentos a reter, por exemplo, que quando nos dizemos que vamos fazer uma coisa, (pintar uma parede por exemplo) nem vale a pena contrariar porque isso vai acabar por acontecer. Ah vai, vai! Eles só vão gerar uma discussão perfeitamente desnecessária e empatar um bocadinho, mas no fim, nos vamos acabar por seguir a nossa avante.
Quando cheguei a casa fui investigar e percebi que o sentido de humor e a inteligência perspicaz está-lhe no sangue, a Marta Gautier é filha da Rita Ferro e irmã do Salvador Martinha.
(Fica um excerto do espectáculo)



Os meus vizinhos

No meu andar somos 4 casais, 5 miúdos durante a semana e 8 nos fins-de-semana e feriados em que calha ao meu vizinho ficar com as fihas.
Sendo que um dos casais, eu, não tem filhos, digamos que os meus vizinhos estão a trabalhar, e bem, para o aumento da taxa de natalidade e consequentemente para a hipotese de terem reforma.
Vem este post a proposito de serem 2h46 da manhã e eu ainda não ter pregado olho, porque um dos bebes aqui do andar está a chorar à horas! E de este ser um drama mais recorrente que os erros do excel do Gaspar.
Tenho cá para mim que com o aumento da taxa de natalidade vem tambem o aumento da taxa de suicidio e dos crimes graves contra vizinhos.